quinta-feira, 3 de maio de 2012

Prevenção nas empresas é sinônimo de benefícios para todos


A saúde e segurança dos funcionários estão diretamente relacionadas à “saúde da empresa”, por isso, a preocupação com a QVT - Qualidade de Vida dos Trabalhadores ganha cada vez mais destaque nos debates corporativos. Mesmo diante da constatação de que pessoas saudáveis são capazes de fortalecer a competitividade organizacional, uma pesquisa realizada por Ana L. França, pela USP, mostra que apenas 4% das empresas brasileiras mantêm programas de qualidade de vida para seus funcionários, refletindo diretamente na economia empresarial. Na América Latina, por exemplo, entre 27 e 68 mil trabalhadores são vítimas de acidentes fatais por ano e segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho, há uma estimativa de dois milhões de mortes/ano no mundo relacionadas ao trabalho, muitas delas decorrentes das más condições no ambiente empresarial.
O diretor de Planejamento Estratégico da ABRH–PR e mestre em Ergonomia, Giles Balbinotti conta que com base nos fatos e dados disponíveis, observa-se que as empresas brasileiras não estão investindo em ações preventivas de segurança e ergonomia como deveriam e na velocidade que precisariam. “O gerenciamento das ações preventivas é a chave para melhorar a saúde financeira das organizações e, hoje, as condições de trabalho e o seu estudo constitui-se em uma ferramenta de gestão para as empresas”, explica. Balbinotti complementa ainda que modelos e programas de segurança no trabalho precisam contar com o apoio efetivo da área de Recursos Humanos para serem colocados em prática. “Mais do que apoio, a decisão e a implementação destas ações, que visa à integridade física e mental dos funcionários é notadamente de responsabilidade desta área, afim de que as pessoas e as empresas tenham as performances e os resultados esperados no desenvolvimento diário”, explica.
Prevenção, correção e conscientização
Segundo o especialista, quando se fala em investimento em condições de trabalho, é possível considerar três vertentes: prevenção, correção e conscientização. “Particularmente, acredito em ações de prevenção já na concepção dos meios de trabalho e na conscientização das pessoas, pois quando atuamos fortemente nas etapas de projeto temos mais poder de reação e de resolução dos riscos de acidentes em potencial”, explica. Balbinotti comenta que a partir do momento em que a interação homem versus trabalho estiver adequada e adaptada de uma forma mais efetiva, haverá uma redução significativa dos riscos de acidente de trabalho, bem como das doenças ocupacionais. “Os investimentos em condições de trabalho não são necessariamente elevados. É verdade que existem investimentos em melhorias ergonômicas que demandam cifras importantes, mas também é possível organizar e adaptar postos de trabalho e deixá-los mais ergonômicos, simplesmente com equipes internas, boa vontade e renovação de materiais sucateados”, diz.
Para ele, a parceria entre a Ergonomia, a área de Saúde e Segurança, através do SESMT – Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho, a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e os departamentos de engenharia, produção e logística, “vão trazer resultados excelentes para a QVT – Qualidade de Vida do Trabalhador, o que é muito bom para o trabalhador e também para a empresa”, afirma.
Iniciativa empresarial
O Imtep é um exemplo de empresa que se preocupa com o investimento em programas de segurança. A sua atuação é direcionada para a Medicina e Segurança, Qualidade de Vida, Cursos e Treinamentos e Gestão de Serviços, e é considerada uma das mais importantes empresas de Saúde Empresarial do Brasil.
Com o objetivo de atingir de forma orientativa os gestores e colaboradores das empresas com as quais trabalha, bem como a equipe interna e parceiros de todas as áreas envolvidas com relação à importância da aplicabilidade da Segurança do Trabalho e seus benefícios, o Imtep idealizou a campanha Viva Seguro Imtep. “Estas ações, quando aplicadas, visam à integridade física e promovem a qualidade de vida do colaborador, minimizando despesas geradas quando eventos não previstos ocorrem”, explica o médico do trabalho e diretor do Imtep, Alexandre Berger.
Segundo ele, foram elaborados email-marketing orientativos, falando, por exemplo, sobre a importância da utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e comportamentos e atitudes de segurança fundamentais para prevenção. “Como realizar a gestão de segurança do trabalho dentro das empresas e a busca de novas soluções para minimizar os impactos financeiros e trabalhistas são os assuntos mais requisitados por nossos clientes. Além disso, nosso material tem servido de apoio e conscientização dentro das mesmas”, finaliza.

Fonte: http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=especial&id=31592

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