terça-feira, 20 de julho de 2010

Artigo sobre doenças osteomusculares em músicos


Uma pesquisa que averigua a ocorrencia de queixas dolorosas de tipo músculo-esquelético relacionadas com as práticas de instrumentos numa orquestra de uma Região do Estado de S. Paulo, Brasil.

O estudo aborda o problema da promoção da saúde neste tipo de profissionais, nomeadmente ao nível das propostas de medidas de carácter individual e de ambiente de trabalho. Ler artigo

Fonte: bestrabalho.blogspot.com

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A perícia judicial em casos de LER/DORT

A perícia judicial em casos de LER/DORT


Nas últimas duas décadas, as LER/DORT (lesões por esforço repetitivo/doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho) assumiram um papel de destaque no afastando trabalhadores de suas funções e levando-os a substituição como peças descartáveis.

André Luís dos Santos Figueiredo, Eduardo Ribeiro Paradela, Alessandra Eleone Lopes, Suely Santos

Resumo: A influência de fatores como a exigência sempre maior de conhecimentos, velocidade de produção, avanço constante de tecnologia, competitividade no ambiente de trabalho e as mudanças nas formas de exercer as atividades diárias foram preponderantes para o crescimento de casos de LER/DORT (lesões por esforço repetitivo/doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho) nos países industrializados. No tocante à Justiça do Trabalho, milhares de trabalhadores buscam seus direitos tendo em vista que tais afecções podem comprometer a capacidade laborativa dos requerentes. Entre os profissionais indicados para as funções de perito judicial ou assistente técnico em casos envolvendo este grupo de doenças ocupacionais há uma supremacia de médicos, especialmente ortopedistas, em detrimento de outras categorias como fisioterapeutas. Entretanto, estes últimos podem ser úteis como expertos da Justiça em muitas disputas trabalhistas.

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas duas décadas, as LER/DORT (lesões por esforço repetitivo/doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho) assumiram um papel de destaque no afastando trabalhadores de suas funções e levando-os a substituição como peças descartáveis. (Pires 1998). Os tipos mais comuns de LER/DORT relacionados à atividade laboral no Brasil são a síndrome do túnel do carpo, a tendinite dos extensores dos dedos, a tenossinovite dos flexores dos dedos, a tenossinovite estenosante, a epicondilite lateral e a Doença de DQuervain (Brasil 2000).

Decorrente de uma origem ocupacional, as LER/DORT podem ser ocasionadas de forma combinada ou não ao uso repetido e forçado de grupos musculares e a manutenção de postura inadequada (Codo e Almeida 1998). Além dos movimentos repetitivos, a sobrecarga estática, o excesso de força para execução de tarefas, o trabalho sob temperaturas inadequadas e o uso prolongado de instrumentos com movimentos excessivos podem contribuir para o aparecimento das enfermidades músculoesqueléticas (Vieira 1999). Como permite ampliar os mecanismos de lesão, não apenas restritos aos movimentos repetitivos, o termo DORT é preferencialmente adotado nos documentos oficiais do INSS.

No Brasil, as LER/DORT foram inicialmente descritas como tenossinovite ocupacional. Na década de 1980, os sindicatos dos trabalhadores em processamento de dados travaram uma luta pelo enquadramento desta como doença do trabalho. Em 1993, o INSS publicou uma revisão de duas normas sobre LER, ampliando o seu conceito e reconhecendo como sendo seus fatores etiológicos a organização do trabalho e aspectos biomecânicos. Em 2003, o INSS atualizou o seu documento de 1993, ao publicar a ordem de serviço DC/98, a qual ainda vigora (Brasil 2003). Outras Normas Regulamentadoras do Ministério da Saúde do Brasil aplicáveis a ambientes de trabalho com risco de ocorrência de LER/DORT são. NR-5, NR-7, NR-9 e NR-17a.

A fisioterapia do trabalho é uma especialidade que visa a prevenção, o resgate e a manutenção da saúde do trabalhador, abordando os aspectos da ergonomia, biomecânica, atividade física laboral e a recuperação de queixas ou desconforto físico, geralmente trabalhando sob o enfoque multidiprofissional e interdisciplinar. O seu propósito é melhorar a qualidade de vida de quem trabalha, conseqüentemente aumentando o bem estar, desempenho e produtividade do funcionário.

2. A PERÍCIA JUDICIAL EM CASOS DE LER/DORT

O fisioterapeuta pode ser um importante colaborador da Justiça do Trabalho, auxiliando na geração e interpretação de provas. As demandas que hoje se instalam neste segmento judiciário, principalmente as relacionadas às LER/DORT, têm relação próxima ao fazer do fisioterapeuta.

Capacitado a avaliar, qualificar e quantificar os desvios funcionais dos órgãos e sistemas do corpo humano, o fisioterapeuta cientificamente lança mão de instrumental próprio propiciando, a partir da emissão de laudos e pareceres técnicos, resultados que poderão servir de sustentação ao tribunal para, no conjunto dos elementos pertinentes, esclarecer a demanda pendente. O profissional desta área pode atuar desde a elaboração do diagnóstico físico e funcional até a eleição e execução dos procedimentos físicos pertinentes a cada situação.

A função de perito judicial em casos de Justiça de o Trabalho associados às LER/DORT deve ser exercida por profissionais possuidores de conhecimentos profundos de biomecânica ocupacional. A ciência que estuda o movimento e a biomecânica é chamada de cinesiologia, sendo o fisioterapeuta o único profissional da saúde que tem como base em seus conhecimentos esta ciência. Deve-se ressaltar que o alvo do fisioterapeuta é a perícia cinesiológica funcional e não a perícia médica, atribuída logicamente aos formados em escolas de ciências médicas (Veronesi Jr., 2004).

Para a justiça, a perícia cinesiológica funcional surgiu a partir da necessidade de se realizar uma avaliação pericial mais criteriosa, para minimizar erros e principalmente elucidar as questões chave das perícias neste setor, ou seja, a associação entre a doença do reclamante e a sua atividade profissional e a determinação de incapacidade funcional desse indivíduo em alguma de suas esferas funcionais (Reis et al. 2000; Veronesi Junior 2004).

Nos casos em questão, deve-se ressaltar, o bem jurídico atendido pelo sistema reparatório dos acidentes e doenças ocupacionais não é, em primeira análise, a integridade física ou funcional em si, mas a repercussão de eventuais danos na vida produtiva do indivíduo. Os benefícios por incapacidades são concedidos quando a doença ocupacional acarreta incapacidade laborativa, seja esta temporária ou permanente.

3. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Há uma demanda de casos de LER/DORT relacionados à Justiça do Trabalho no Brasil que não é prontamente atendida em virtude de fatores que incluem o despreparo dos setores que cuidam da saúde das empresas, a falta de profissionais de saúde capacitados a avaliar os trabalhadores reclamantes de LER/DORT e estabelecer a existência de nexo causal, o desconhecimento da parte de alguns magistrados de que o fisioterapeuta é um profissional habilitado a exercer avaliações em pacientes com LER/DORT e elaborar pareceres ou laudos técnicos.

O diagnóstico e o estabelecimento de nexo causal devem ser feitos em conjunto por profissionais que estejam familiarizados com a questão, incluindo-se neste grupo médicos e psicólogos, entre outros. Embora haja quem acredite que os ortopedistas sejam os mais indicados para verificação do nexo causal, a formação com base no currículo dos cursos de medicina não é a mais indicada para esta análise. A abordagem multidisciplinar para este tipo de caso é pouco comum no Brasil, sendo usual nos países nórdicos e nos EUA (Settimi et al. 2000).

O fisioterapeuta, no âmbito da sua atividade profissional, está qualificado e habilitado para prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria especializada, contribuindo para a promoção da harmonia e da qualidade assistencial no trabalho em equipe e a ele integrar-se, sem renunciar a sua independência ética e profissional. Considerando as atribuições próprias do fisioterapeuta e uma vez adquirido o conhecimento especifico da prática da perícia, este terá a plena capacitação para prestar serviços de perícia cinesiológica funcional à Justiça, auxiliando na investigação do nexo causal. Portanto, faz-se necessária a maior inserção desta categoria no auxílio à Justiça do trabalho. Isto fica claro ao se analisar, por exemplo, o quadro de peritos da Associação de Peritos Judiciais do Estado do Rio de Janeiro, que em um universo de mais de 250 profissionais conta somente com dois fisioterapeutas (Santos 2006).


Referências bibliográficas
Brasil. INSS. 2003. Instrução Normativa INSS/DC, nº 98 de 5 de dezembro de 2003.
Brasil. 2000. Protocolo de investigação, diagnóstico, tratamento e prevenção de Lesão por Esforço Repetitivo: distúrbios osteomusculares relacionados ao Trabalho. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. 11p.
Codo W, Almeida MC. 1998. LER – Lesões por Esforços Repetitivos. 59p.
Pires D. 1998. Reestruturação produtiva e trabalho em saúde no Brasil. São Paulo: Ed. Annablume.
Reis RJ, Pinheiro TMM, Navarro A, Martin MM. 2000. Perfil da demanda atendida em ambulatório de doenças profissionais e a presença de Lesões por esforços repetitivos. Rev. Saúde Pública. 34(3): 292-8.
Santos, S C P. A Atuação do Fisioterapeuta Como Perito Judicial em Casos de LER/DORT no Estado do Rio De Janeiro. Monografia de conclusão de curso. Centro Universitário da Cidade.48p
Settimi MM, Almeida IM, Toledo LF, Paparelli R, Silva JA, Martins M. 2000. Lesões por esforços repetitivos (LER)/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). São Paulo: CEREST. 59p.
Veronesi Junior JR. 2004. Perícia Judicial. São Paulo: Editora Pillares. 159p.
Vieira LM. 1999. Prevenção das LER/DORT em pessoas que trabalham sentados e usuários de computador. Disponível em acessado em 18 dez. De 2005.

Fonte: www.ambito-juridico.com.br

O Blog Saúde no trabalho não se responsabiliza, nem de forma individual, nem de forma solidária, pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

terça-feira, 13 de julho de 2010

Wii Fisioterapia

Jogos usam a tecnologia do console Wii para superar limitações de doentes

Desde que a Nintendo lançou o Wii, os usuários de videogames interagem com personagens e se exercitam com a ajuda de treinadores virtuais em títulos como EA Sports Active, da Electronic Arts, e Your Shape, da Ubisoft.
Agora, pesquisadores, cientistas e criadores de jogos estão usando o console da Nintendo para outras aplicações relacionadas à saúde e, em alguns casos, recebendo verbas de milhões de dólares para criar novas tecnologias.
Uma recente reunião entre 400 pesquisadores, durante a sexta edição da Games for Health Conference, em Boston, mostrou novas maneiras de utilização de videogames com controles dotados de sensores de movimentos para ajudar médicos e pacientes.
Com verba do Instituto Nacional de Saúde, a Red Hill Games e a escola de enfermagem da Universidade da Califórnia, em São Francisco, estão usando a tecnologia do Wii para criar jogos que ajudem pacientes com Parkinson a melhorar seu equilíbrio. Um deles, o Rail Runner, exige que os pacientes se sentem e levantem para operar um carrinho de mão ferroviário.
Bob Hone, diretor de criação da Red Hill, diz que os resultados iniciais são satisfatórios.
- A maioria dos pacientes está na casa dos 70 ou 80 anos, e realmente adora esses jogos. [Eles] querem algo que os ajude a enfrentar a doença, e a diferença é que esses jogos foram criados especificamente para eles.
A Red Hill também está incorporando a tecnologia do Wii a jogos que ajudam a melhorar o equilíbrio de crianças com paralisia cerebral.
- Essas crianças muitas vezes sofrem limitações físicas e, assim, levamos esse fator em conta ao desenvolver jogos que as fazem sentir como se caminhassem e conseguissem chegar com sucesso à linha de chegada.
Fonte: deficientealerta.blogspot.com de r7.com

domingo, 11 de julho de 2010

Entrevista realizada com Luiz Rosan, fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol

Luiz Rosan é um dos mais respeitados fisioterapeutas na área de medicina esportiva no Brasil e no mundo, coordenando atualmente o REFFIS (Reabilitação Esportiva, Fisioterápica e Fisiológica) do São Paulo Futebol Clube e também o departamento de fisioterapia da Seleção Brasileira de futebol. A modernização do esporte mostra ao torcedor que o trabalho de um clube de futebol vai além da contratação e montagem de um time.A estrutura para recuperação de atletas, bem como a prevenção de lesões, tem-se mostrado tão ou mais importante que as demais áreas.
Veja a entrevista realizada pelo site de esportes: http://jornalismofc.com/ com o mais importante fisioterapeuta do Brasil na atualidade. Nessa breve entrevista Luiz Rosan conta aos torcedores como é o seu trabalho e esclarece como funciona a política para o tratamento de atletas que não pertencem ao clube.


Fabiano: Rosan, conte-nos sobre sua formação acadêmica.
Luiz Rosan: Sou formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP).


Fabiano: Quando houve o interesse pelo trabalho com a medicina esportiva?
Luiz Rosan: Já no primeiro ano de faculdade, interessei-me pela área esportiva, e sempre que podia, aproveitava para ir ao XV de Piracicaba oferecer ajuda para os atletas lesionados.
Foi quando percebi a carência dessa área nos times de futebol, e que nós, como fisioterapeutas, poderíamos ocupar um espaço para contribuir e agregar subsídios importantes, que ajudassem o clube e atletas.

Fabiano: Já trabalhou com outros esportes?
Luiz Rosan: Não.

Fabiano: Em qual clube iniciou sua trajetória no futebol?
Luiz Rosan: No próprio São Paulo F. C. na década de 80.

Fabiano: Quando houve a percepção no São Paulo Futebol Clube sobre a importância de prevenir e recuperar os atletas?
Luiz Rosan: O SPFC sempre valorizou esta área, talvez agora ela tenha sido exposta de uma maneira mais evidente. Desde a minha primeira passagem pelo clube nós já havíamos contribuído com a execução do Centro de Fisioterapia e Fisiologia do Exercício do Esforço, onde procurávamos prevenir e reabilitar as lesões do esporte da modalidade futebol aceleradamente. Apesar de já transcorrerem duas décadas, o clube sempre investiu nessa área. Foi o primeiro a importar um equipamento isocinético em 1984, e já colocava à disposição, nessa época, os seus recursos de fisioterapia para os clubes do interior do estado, sempre gratuitamente. O SPFC já era referência em fisioterapia desde essa época.
Sempre socorreu os clubes quando solicitado. Recordo que o C.A. Bragantino mandava seus atletas se reabilitarem no TRICOLOR. Eu mesmo conheci o Mauro Silva, por exemplo, através da fisioterapia do SPFC. Atletas como o tenista Luiz Mattar (o principal tenista brasileiro da época) procuravam a fisioterapia do SPFC quando lesados. Na verdade estou querendo dizer que isso não é novidade, talvez seja apenas uma conseqüência com maior exposição de mídia.

Fabiano: Você fez parte da concepção do que hoje conhecemos como REFFIS?
Luiz Rosan: Neste meu retorno ao clube em 2003, idealizei o projeto REFFIS. Foi um árduo trabalho de seis meses, desde a implantação até a inauguração. Reitero que foi projetado para as necessidades básicas do SPFC, onde o clube não colocou um centavo sequer, teve custo “zero”.
Como eu acreditava no mesmo sai à luta e fui em busca de patrocínio, sempre com o aval da diretoria tricolor. Ouvi muito NÃO, mas não desisti, e enfim consegui no segundo semestre de 2003. Foi surpresa para todos, penso que até a diretoria, mas eu acreditei sempre.

Fabiano: O sucesso internacional do São Paulo na recuperação de atletas despertou a inveja de outros grandes clubes brasileiros. O Santos Futebol Clube criou o CEPRAF (Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas de Futebol), mas como sabemos alguns problemas com a cessão de equipamentos e a saída de profissionais acabou prejudicando o trabalho. Qual o principal foco que um clube deve ter se quiser seguir o exemplo do São Paulo?
Luiz Rosan: Quem sai na frente leva vantagem, e o REFFIS largou na frente junto com o SPFC. Agora os outros terão que correr atrás, e nós nos aprimorarmos para mantermos sempre a qualidade e a excelência do trabalho realizado. Para viabilizar um projeto assim, em princípio, o primeiro passo é buscar “parcerias”, devido aos altos investimentos. Em segundo lugar, formatar protocolos que ajudem na recuperação acelerada dos atletas. O resto vem por conseqüência.

Fabiano: Quando surgiu o convite para ser o fisioterapeuta da seleção? Quem paga seu salário quando serve a CBF?
Luiz Rosan: Em 1998, logo após o término da Copa do Mundo. E somos convocados o que faz supor que o clube em que estamos vinculados é que pagam nossos salários.

Fabiano: Todos sabem a dificuldade que a comissão técnica da Seleção Brasileira tem ao reunir os atletas para um trabalho num curto período de tempo, quando se trata de amistosos ou jogos pelas Eliminatórias, por exemplo. Não há tempo de prevenir ou mesmo tratar lesões, quando se tem um grupo reunido 2 ou 3 dias antes de uma partida. Como é seu papel quando está com a equipe “canarinho”?
Luiz Rosan: Procuramos no período de convocação para os amistosos apenas atender às principais queixas dos atletas. Às vezes para uma seqüela de lesão, outras para atendimento da fase aguda de uma lesão instalada, ou ainda dando prosseguimento a determinados protocolos de fisioterapia iniciados com alguns meses de antecedência, como por exemplo, em outro jogo que o atleta eventualmente tenha participado. Quando temos tempo suficiente para prepararmos para uma competição, executamos uma avaliação criteriosa e promovemos ao longo do período itens e baterias com recursos para prevenir lesões ou promover melhoras de grupos musculares específicos, que restabeleçam ou ajudem a melhorar a performance do atleta. Se durante a competição alguém se lesiona, temos um arsenal de equipamentos que ajudam no restabelecimento breve do atleta. Para isso contamos com alguns containeres pequenos que nos acompanham durante as viagens.
É fato também que após a convocação, seja para um ou dois jogos ou para uma competição mais longa, fazemos um mapeamento dos atletas que irão compor o grupo, observamos de que país vem, quais os clubes, suas metodologias de trabalho etc.

Fabiano: Muitos atletas, ao conhecerem seu trabalho, perguntam-lhe sobre a estrutura do São Paulo?
Luiz Rosan: Sim, a maioria já ouviu falar da estrutura do SPFC, que muitas vezes é maior que a dos grandes clubes da Europa!

Fabiano: Você atua como facilitador no contato desses atletas e a diretoria do São Paulo, quando esses precisam tratar-se fisicamente, como no caso mais recente do meia Diego, do Werder Bremen?
Luiz Rosan: Primeiro que ele não vem se tratar fisicamente. Todos que procuram o REFFIS são porquê apresentam alguma lesão ou vem de alguma cirurgia. Eles vêm em busca de FISIOTERAPIA. Dos atletas que procuram o REFFIS, todos estão indistintamente à procura da fisioterapia, em busca de reabilitação para voltar às atividades funcionais normais. Já atendemos mais de 70 atletas profissionais ao longo desses últimos quatro anos, e nenhum em busca de condicionamento físico (exceção feita ao Adriano, que foi um caso especial). Nosso banco de dados conta com mais de 110 pacientes (fora os que pertencem ao próprio SPFC), sendo a grande maioria derivada da modalidade futebol. Isso não significa que não tenhamos condições para atender as outras modalidades, mas damos preferência a jogadores de futebol, porque o REFFIS foi feito para eles.

Já ouvi dizer que o SPFC é aliciador de jogadores através do REFFIS, agora vos pergunto:

Dos 73 atletas profissionais que o REFFIS atendeu apenas quatro ficaram no São Paulo (Alex Silva, Luizão (quando não pertencia a clube algum), Ricardo Oliveira e agora o Adriano). É muito ou pouco? E os outros? Talvez seja um percentual em torno de 5% se comparado ao grupo de atletas de futebol profissional. Quando comparado ao grupo todo (empresários, políticos, etc.) esse percentual deve ser em torno de 2 a 3%. Quanto ao Diego, talvez pelo fato de conhecê-lo desde os tempos de Santos Futebol Clube. Outra coisa para que fique bem claro: sempre peço autorização à diretoria do clube, para realizarem o tratamento no REFFIS.

Fabiano: O Adriano talvez seja o atleta mais “famoso” a tratar-se no REFFIS, embora não tenha tido nenhuma lesão. Já houve algum contato ou possibilidade de uma grande estrela internacional do futebol tratar-se no São Paulo?
Luiz Rosan: Não nos importamos com o nome do paciente e sim com o sucesso da reabilitação, portanto isso é insignificante para nós fisioterapeutas. A fisioterapia aplicada será a mesma no paciente que joga em um time menor ou naquele que joga em um time maior e na Europa. Posso apenas lhe dizer que as maiores estrelas do futebol mundial, principalmente os brasileiros, já passaram por lá. Formaríamos pelo menos umas quatro seleções, com alto poder de sucesso e vitórias.

Fabiano: Por último gostaria de parabenizá-lo pelo excelente trabalho ao longo dos últimos anos, cujo reflexo não são apenas as conquistas do São Paulo Futebol Clube, mas também a volta ao trabalho de grandes atletas do futebol brasileiro e internacional. Espero que futuros profissionais possam inspirar-se em você, para que tenhamos o futebol brasileiro sempre em primeiro lugar no cenário mundial.
Luiz Rosan: Obrigado. Costumo dizer que esse país é respeitado lá fora quando o assunto é futebol. Nós somos primeiro mundo quando se trata de futebol e é quando nos igualamos com os grandes centros europeus. A fisioterapia esportiva brasileira já é vista com olhos diferentes, mas estamos apenas no começo. Um procedimento, um programa fisioterapêutico no futebol moderno, pode mudar a história dos níveis de prevenção, aceleração e tratamento, atingindo objetivos concretos, antes inimagináveis e impossíveis, e com isso todos saem ganhando: clube, atleta, torcida e profissional da área.
Fonte: fisioterapianoesporte.blogspot.com

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Campinas integra projeto Cidade Acessível

Objetivo é reduzir dificuldade de acesso a portadores de algum tipo de deficiência

Campinas (SP) é um dos seis municípios brasileiros que integram o projeto Cidade Acessível, da Secretaria de Direito Humanos, para reduzir a dificuldade de acesso a portadores de algum tipo de deficiência. O objetivo do projeto é implementar políticas de promoção dos direitos da pessoa com deficiência, além de tratar a questão desde cedo nas escolas.
Segundo dados da secretaria, 25 milhões de brasileiros são portadores de deficiências.
Além de Campinas, Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Joinville (SC), Rio de Janeiro (RJ) e Uberlândia (MG) foram escolhidos devido as ações de acessibilidade já desenvolvidas e servirão de modelo em áreas como transporte, acessibilidade e eliminação de barreiras, saúde, educação, transporte público urbano e habitação.
O Brasil aderiu à convenção da ONU (Organização das Nações Unidas) das pessoas com deficiência, ratificada em 2008, que entre as normas desta a acessibilidade.

A nova NR 12

A NR-12: Máquinas e Equipamentos, com texto original de 1978, finalmente passará por atualização geral. Uma nova norma vem aí e com conceitos bem modernos e interessantes. O texto foi disponibilizado para consulta pública.
A nova norma vem alinhada com os conceitos da Gestão Moderna de Segurança, sobretudo por considerar as ações de prevenção mais focadas na organização do trabalho, para só depois pensar em proteções individuais.
A capacitação e a habilitação de profissionais sob ônus total da empresa para preparar adequadamente a mão de obra na operação de maquinário sofisticado é um dos pontos fortes do texto.
Um conceito que chama a atenção é o da “falha segura”, onde um sistema que entre em falha é automaticamente conduzido à situação segura. Este conceito é aplicado em sistema ultra-modernos, como o metroviário e em alguns brinquedos de parques de diversão, como montanhas-russas programadas para parar caso uma trava abra ou qualquer outra situação indesejada ocorra, preservando a segurança do usuário.
A nova norma também apresenta um glossário de termos técnicos que facilita a compreensão e evita interpretações erradas do texto.
Há alguma repetição de itens que já aparecem em outras normas, sobretudo no que diz respeito à ergonomia, mas isso não chega a atrapalhar.
veja a nova nr na fonte desse texto, abaixo.

PARECE PIADA


Vejam só os inacreditáveis protetores
de tomada em formato de bichinhos coloridos.
A invenção brilhante é da marca americana The Spoon Sisters.
Os protetores são vendidos em embalagens com 16 unidades
por cerca de oito dólares. Tem gato, cachorro, elefante e ovelha,
em cores vibrantes como azul, vermelho, laranja e cor-de-rosa.
Agora vem a pergunta que não quer calar: Se a idéia é evitar
que a criança enfie uma faca na tomada, não é muito estranho usar
algo tão chamativo?Até eu ficaria curioso e correria buscar uma
faca, uma chave de fenda ou qualquer outro objeto para tirar o
bichinho colorido dalí. É muita falta de noção.