sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Postura, cuide bem da sua!

Dor nas costas é a principal causa de afastamento do trabalho. Sentar de forma correta ajuda a prevenir 


Quem já não foi vítima de dor nas costas? O problema é a principal causa de pedidos de afastamento do trabalho no Brasil, de acordo com o Ministério da Previdência. O caso mais comum é a lombalgia, dor na região lombar, localizada entre as últimas costelas e as nádegas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nada menos que 80% da população mundial vai sofrer com esse problema, em alguma fase da vida. A dor pode se estender para as pernas, além de provocar dormência e perda da força muscular na região atingida. É resultado, em grande parte, de um hábito comum para quem trabalha bastante tempo sentado: a má postura. "É isso o que provoca a lombalgia em mais da metade dos nossos pacientes", afirma o professor Jamil Natour, chefe do setor de coluna vertebral e reabilitação da disciplina de reumatologia, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Por conta da má postura, o paulista Adriano Montoni Romero, de 29 anos, passou cerca de três meses afastado do trabalho. Adriano é gerente administrativo do convênio odontológico Bucal Help, em Paulínia, interior de São Paulo, e sofreu uma grave crise de dor lombar, em dezembro de 2004. No começo, sessões de alongamento acabavam com o problema. Mas a dor foi ficando tão intensa que nem relaxantes musculares resolviam. Os efeitos não demoraram a repercutir na produtividade. "Eu vivia de mau humor e acabava fazendo em uma semana o que poderia fazer em um dia", lembra Adriano. Depois de consultar um especialista, ele foi aconselhado a tirar licença, para fazer tratamento intensivo. "Felizmente não perdi clientes, mas tive de adiar alguns projetos, o que prejudicou certas negociações", conta. Foram necessárias várias sessões de acupuntura e hidroterapia para descontrair a musculatura da região. 

A história de Adriano é um exemplo do problemão que a lombalgia representa para as empresas. "Quando você está sofrendo com a dor, não consegue cumprir suas obrigações da melhor maneira e o rendimento, é claro, termina caindo", explica o clínico-geral e psicoterapeuta João Augusto Figueiró, assessor do Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Assistência a Dor e Cuidados Paliativos e autor do livro Dor (Editora Moreira Junior). Até o clima entre a equipe pode ficar comprometido. "Por causa da dor, é comum as pessoas ficarem mais agressivas e intolerantes, prejudicando a convivência", diz o médico. Tem mais. Diferente das dores que afetam a região do pescoço (cervical), a área entre o início dos ombros e o final das costelas (dorsal), a dor lombar é incapacitante. "Em muitos casos, a pessoa tem dificuldade para se locomover e sentar, o que a impede de ir para o trabalho ou de desempenhar suas atividades usuais", explica a fisioterapeuta Renata Cristina Di Grazia, do Centro da Comunidade da Unicamp, em Campinas, nas áreas de ortopedia, traumatologia e reumatologia. 

 
NO COMPUTADOR: a região lombar deve ser sustentada pelo encosto da cadeira. Os pés devem tocar o chão e os joelhos devem permanecer num ângulo de 90 graus 

 
AO ANDAR: mantenha a cabeça, a pélvis e o tórax alinhados. Enquanto caminha, pense que seus movimentos são estáveis e harmoniosos. Não olhe para o chão 

 
AO ABAIXAR E LEVANTAR PESO: apóie um dos joelhos no chão e flexione a outra perna. Na hora de levantar, dê impulso nas duas pernas e mantenha as costas retas 

 
AO LER: sustente a cabeça com uma das mãos para aliviar a tensão nas vértebras. Esta postura é ideal para quando você precisar ler ou escrever por muito tempo 

O MELHOR É PREVENIR 

A falta de bons projetos de ergonomia nas organizações -- adaptação dos equipamentos e do ambiente aos funcionários  é uma das grandes causas dos problemas de postura e, conseqüentemente, da lombalgia. O sedentarismo e a ausência de pequenas pausas para alongamento, durante o dia, também são responsáveis pelos altos índices de dor lombar. Além disso, a ansiedade e a tensão relacionadas ao cotidiano profissional contribuem para piorar a situação. "A contração dos músculos pressiona as veias da região, causando a dor", afirma Renata Di Grazia. 
Para prevenir o problema, as empresas apostam, principalmente, na ginástica laboral (aquela que é feita no próprio ambiente de trabalho). Em geral os exercícios são realizados logo no início do expediente, para preparar músculos e nervos para as demandas do dia que vem pela frente. Na seguradora Tokio Marine, com sede em São Paulo, os funcionários contam não só com a ginástica laboral, mas também com o serviços de um fisioterapeuta do trabalho, que adapta as instalações da empresa ao perfil de cada profissional e orienta a equipe sobre a postura adequada. A companhia também oferece um programa de massagem expressa. As técnicas utilizadas variam a cada mês e todo funcionário tem direito a uma sessão de 15 minutos por semana, gratuitamente. 

PARA RELAXAR 
Exercícios para fazer na empresa 

 
ALONGAMENTO: com a pélvis na borda da cadeira, estenda os braços, olhando para o teto, sem inclinar o pescoço para trás 

 
ROTAÇÃO: costas eretas e braço direito no joelho esquerdo. Gire cabeça, ombros e coluna. Permaneça um pouco e inverta 

 
INCLINAÇÃO: baixe gradativamente o tronco, relaxando as vértebras, como se fossem elos de corrente. Apóie-se nos braços

Fonte: www.forumdaseguranca.com

Mercado de trabalho: Veja a realidade para deficientes

A Lei de Inclusão Social, aprovada em 2004, obriga as empresas com mais de cem funcionários a ocupar de 2% a 5% das vagas com deficientes. Mas esse tipo de inclusão, de acordo com o Conade (Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência Física), esbarra em algumas dificuldades para o deficiente.

Segundo o presidente do conselho, Alexandre Carvalho, dentre os maiores obstáculos que os deficientes enfrentam, estão o preconceito por parte dos colegas de trabalho, a necessária adaptação de ambientes de trabalho, como rampas e alargamento de portas, e a dificuldade de comunicação com pessoas cegas e surdas.

Contratação

Mesmo com as dificuldades, a contratação de pessoas com deficiência aumentou 56% de 2005 para 2006, depois de fiscalização do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Em 2005, 12.786 deficientes foram contratados depois da empresa receber advertência, enquanto no ano passado foram 19.978.

No primeiro trimestre de 2007, o MTE registrou 4.151 deficientes inseridos no mercado de trabalho. "Hoje em dia nós não trabalhamos com a noção de inserção, ou seja, levar os deficientes para dentro das empresas. Nós queremos também que elas tenham estabelecimentos inclusivos, que sejam capazes de receber qualquer pessoa para a prestação de serviços", disse o procurador Regional do Trabalho, José Cláudio Monteiro de Brito Filho.

Capacitação
Por causa das dificuldades, muitos profissionais com deficiências desistem de buscar uma vaga no mercado de trabalho. Outro motivo apontado para a exclusão desses profissionais é a falta de qualificação.

De acordo com Andrea Goldschmidt, professora da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e sócia da Apoena Social, a lei tem o mérito de gerar possibilidade de inclusão no mercado de trabalho para os deficientes, mas não leva em consideração as limitações de encontrar profissionais que realmente querem e podem trabalhar. "A valorização deles é grande, mas poucos têm formação adequada".

Setores
Em alguns tipos de serviço, é exigida aptidão física, como para seguranças, em que a lei 7.102 obriga que passem por academias de vigilância credenciadas pelo Departamento de Polícia Federal. "Até hoje nós não conseguimos achar uma pessoa com deficiência que passou pela academia, fez o curso de vigilante e está apto a trabalhar", disse Irenaldo Pereira, diretor do Sindicato das Empresas de Segurança Privada no Distrito Federal.

Neste caso, o Conade e a Secretaria Especial de Direitos Humanos devem votar um parecer, em dezembro, que propõe que as empresas de segurança revejam cursos preparatórios, de modo a incluir pessoas com deficiência.

Benefícios

O que impedia a inserção do deficiente era o fato de ter de abrir mão do benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), destinado a quem não trabalha e tem renda de até um quarto do salário mínimo. Desde setembro deste ano, decreto prevê que os deficientes voltem a ter o direito do benefício, em caso de desemprego.

"Esse medo é natural. Porque o custo de vida de uma pessoa com deficiência é 40% mais alto que o de uma pessoa sem deficiência aparente. Então o risco de ir para o mercado de trabalho, ser demitido e ficar sem nenhum tipo de assistência assustava as pessoas", disse o presidente do Conade à Agência Brasil.

Fonte :www.administradores.com.br

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Programas garantem inserção de deficientes no mercado de trabalho

Karina Costa

“Para garantir a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, as instituições governamentais e não governamentais devem estar envolvidas em programas de educação especial e profissional”. Essa é a opinião das especialistas do Ministério do Trabalho e Emprego e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), que participaram de um dos debates do I Simpósio "Construindo propostas viáveis à inclusão profissional das pessoas com deficiência", na última sexta-feira (10/06).

"A falta de qualificação profissional tem sido uma das justificativas para manter as pessoas com deficiência fora do mercado de trabalho. O Ministério do Trabalho e Emprego já desenvolve algumas práticas para erradicar essa discriminação", afirma a coordenadora da área de educação profissional do Ministério do Trabalho e Emprego, Eunice Moraes.

Junto ao Ministério Público, a instituição discute a idéia de fazer uma verificação nas empresas para saber se os funcionários com deficiência estão de fato desqualificados. A idéia é a de incluí-los em programas de qualificação profissional e de educação especial oferecidos pelo governo.

Moraes diz que os cursos oferecidos pelo Plano Nacional de Qualificação (PNQ), por exemplo, dão prioridade às pessoas com deficiência. “Podem participar dos cursos aqueles que estão dentro ou fora do mercado de trabalho. Há cursos na área de administração, telemarketing, artes, braile, informática, entre outros," afirma.

"Temos ações pequenas e tímidas ainda, porém são alternativas que possibilitam a inserção desse público no campo profissional. É importante ressaltar que a deficiência dessas pessoas não impede que elas sejam cidadãs e que possam trabalhar," diz.

De acordo com Elisabete Fedosse, da Federação das APAEs de São Paulo, quase todas as unidades da entidade têm programas de colocação de deficientes no mercado de trabalho porém a baixa escolaridade dessas pessoas vem dificultando a inserção. "Devemos investir também na educação básica dessas pessoas. Passamos do tempo de ficar treinando os deficientes para o mercado. Queremos jovens e adultos com alta escolaridade também," afirma.

Em relação à educação profissional para pessoas especiais, Fedosse diz que as instituições que oferecem cursos de qualificação devem procurar fazer parceria com entidades privadas para garantir a certificação dessas pessoas. "Essa medida é importante, pois hoje o diploma de curso representa o que você aprendeu".

Para a representante do Ministério do Trabalho, exigir escolaridade avançada as pessoas com deficiência seria mais uma barreira que dificultaria a inserção no mercado de trabalho. "No geral, a taxa de alfabetização dos deficientes é muito baixa. Com esta prática deixaríamos de aproveitar e reconhecer os saberes dessas pessoas", acredita.

Fonte:www2.uol.com.br/

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Trabalho - tarefa e relacionamento


O trabalho é uma tarefa a ser executada. O êxito desta tarefa, muitas vezes, depende da interação com outros trabalhadores. O trabalho, portanto, envolve também o relacionamento. Muitos conflitos que ocorrem no ambiente de trabalho são ocasionados por problemas de relacionamento. Se por um lado, com o passar do tempo, ficamos amigos de diversos colegas de trabalho, acontece o oposto também, existem colegas com os quais não nos relacionamos.

Em toda amizade há identificação e projeção. No entanto, quem não é nosso amigo, não é necessariamente nosso inimigo, é “o outro”, o desconhecido, aquele que pensa e age diferente de nós. Amigos nós escolhemos, a convivência com eles nos dá prazer. Falamos, ouvimos, rimos, e somos solidários com eles nos momentos difíceis. Estamos sempre perdoando as falhas de nossos amigos e pedindo sua compreensão em nossos erros.


No trabalho não escolhemos nossos colegas. No serviço público o concurso seleciona nossos colegas por sua capacidade intelectual e no dia a dia do trabalho temos que nos relacionar com eles e elas, para a execução da tarefa. Razão e emoção entram em ação. Se nosso lado racional é aquele usado para executar as tarefas, nosso lado emocional é o que vai possibilitar um bom relacionamento com os outros colegas. É a “inteligência emocional”. Entretanto, existem em todos nós preconceitos, ou seja, conceitos pré- estabelecidos, construídos de forma “natural”, pela família, meio ambiente, sociedade e cultura na qual estamos inseridos. Assim, nos identificamos facilmente com quem possui padrões culturais e morais, semelhantes ao nosso. Como se diz de forma popular é a simpatia.

Mas, como lidar com o seu oposto - a antipatia, traduzida nesta simples frase “chegou um colega novo, não o conheço, mas não gostei do jeito dele”. Cria-se assim uma barreira contra o outro. Não queremos nos envolver, conhecer esta pessoa, e, esta antipatia, que é oriunda de um preconceito pode ser disseminada como um vírus causando um grande mal estar no ambiente de trabalho. É claro, que não é necessário ser amigo de todos os nossos colegas de trabalho. Mas, no exercício da tarefa temos que nos esforçar para sermos inteligentes emocionalmente, não deixando os pré- conceitos e as antipatias nos dominem.


O grupo de trabalhadores e as chefias devem ficar atentos para que pequenos problemas de relacionamentos, oriundos de preconceitos, não evoluam para práticas perversas como: isolar a pessoa do grupo, boicotar o trabalho do colega, humilhar, perseguir, reforçar o circuito de fofocas e zombarias, transformando um sujeito em objeto que deve ser descartado. Este tipo de atitude é muito mais que antipatia - é assédio moral.

Sabemos o quanto é difícil a convivência com o outro. Se com as pessoas que amamos, volta e meia, estamos em atrito. Imagine com quem não nos identificamos. O grande desafio, não só para o mundo do trabalho, mas para toda a humanidade, é saber conviver com as diferenças dos outros seres humanos, respeitar outras culturas, e saber que nossa sociedade só vai ser melhor se exigirmos nossos direitos e cumprirmos nossos deveres. Acima de tudo respeitando o nosso próximo. Afinal, para ser respeitado é preciso saber respeitar.

*Arthur Lobato é psicólogo.

Publicado no Jornal Expressão Sinjus Nº181 em 27 agosto 2009

Fonte: assediomoralesaudenotrabalho.blogspot.com

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Fisioterapia preventiva evita afastamentos por Ler e Dort.

Procedimento evita uma das principais causas
de afastamento do trabalho po licença médica

Um dos problemas que mais atormenta as empresas atualmente refere-se a quantidade de afastamento médico de seus funcionários causado pelas lesões provocadas por esforços repetitivos - LER - e pelos Distúrbios Ósseos Musculares Relacionados ao Trabalho - Dort. Segundo dados do INSS, esses tipos de lesões são a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. Individualmente, causam muito sofrimento, incapacidades e longos períodos de afastamento. Em termos estatísticos, a situação é epidêmica, com curva ascendente. Somente no Estado de São Paulo, em cada 100 trabalhadores, um apresenta algum sintoma de Ler/Dort.
Em 1998, nos Estados Unidos, ocorreram 650 mil novos casos de Ler/Dort, que foram responsáveis por dois terços das ausências no trabalho, a um custo estimado de 15 a 20 bilhões de dólares, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).


Mas o que as empresas tem feito para diminuir isso e melhorar as condições de vida de seus funcionários. Uma destas empresas é a Fundação Oswaldo Aranha, que através do seu curso de Fisioterapia, realiza o projeto extensão, “Qualidade e vida no UniFOA”, sob a supervisão dos professores Luís Guilherme Barbosa e Juliana Borges de Miranda. Este projeto possibilita que os funcionários administrativos sejam atendidos, duas vezes por semana, em sessões preventivas de fisioterapia.
O atendimento é realizado por alunos do curso de Fisioterapia no próprio local de trabalho do funcionário, atendendo, individualmente, às necessidades. O paciente é avaliado pelos professores e pelos alunos, de acordo com sua função e estrutura física.
Para que possam realizar o trabalho, os alunos são treinados e avaliados pelos professores. Em quase quatro anos de implantação do programa, mais de 50 alunos já passaram pelo projeto.
Um dos usuários da fisioterapia preventiva é a Auxiliar Administrativa da presidência, Camila Chagas Silva. Segundo ela, desde que passou pelas sessões, sente-se mais relaxada e mais consciente sobre sua postura. Outro funcionário que atesta o sucesso é Sandro Martins, da Divisão de Informática. “Desde que comecei a fazer os exercícios, estou me sentindo mais relaxado, minha postura mudou e hoje tenho uma melhor qualidade de vida no trabalho”, comentou.


“Para conseguir resultado melhor, alguns cuidados são necessários”, destaca Luiz Guilherme. Fazer pausas regulares e movimentar-se a cada 50 minutos e evitar que os objetos sejam facilmente acessados. Dessa forma, o funcionário é obrigado a se locomover, colaborando para manter sua saúde.

Fonte: www.diarioon.com.br

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Fisioterapeuta do trabalho e a empresa!

Em qualquer atividade, a organização do trabalho está voltada para assegurar o nível de produtividade em função do lucro. Logo, a relação entre o trabalho e a saúde parece sugerir frontal contradição. Os esforços repetitivos, trabalho estático, esforço físico intenso, ritmos intensos de trabalho e posturas inadequadas estão presentes na maioria das atividades profissionais. Estas condições de trabalho são causas para o aparecimento ou agravamento de lesões, principalmente no sistema músculo-esquelético. Uma vez que são elegíveis para tratamento fisioterapêutico, o Fisioterapeuta está habilitado a estabelecer medidas de tratamento preventivo, porém, as empresas possuem características próprias, mesmo aquelas que atuam no mesmo ramo de atividade.
Esta é a razão pela qual um fisioterapeuta que atue dentro de uma empresa apresenta um rendimento melhor em sua atividade. Ele conhece a empresa como se fosse seu paciente, é capaz de identificar fatores que promovem acometimentos ocupacionais e desenvolver um trabalho da mais alta qualidade. Esta atuação é específica para cada empresa. Como exemplo, cita-se um curso de manuseio de cargas ministrado em uma empresa de cimento, com produção automatizada e com funcionários tendo o primeiro grau completo, comparado com um curso de manuseio de cargas ministrado em uma fábrica de cervejas, com produção parcialmente automatizada e com funcionários portando baixo grau de instrução. O número de horas/aula deverá ser maior na fábrica de cervejas.
A ação do Fisioterapeuta deve ser específica às necessidades de cada empresa, porém, de maneira geral, os objetivos do fisioterapeuta em um ambiente de trabalho são:

EM FISIOTERAPIA CORRETIVA

A ação da Fisioterapia corretiva será efetivada por meio do extenso arsenal terapêutico inerente à Fisioterapia, suas formas de avaliação, prescrição, execução, tratamento e alta Fisioterapêutica. O ambulatório deve ser adequado às necessidades da empresa e do empregado, não somente com os recursos da Fisioterapia Clássica, mas também com o uso de recursos pouco ortodoxos como Reeducação Postural Global (RPG) e Osteopatia. Em empresas que trabalham com produtos que danificam o aparelho respiratório, o ambulatório deve possuir recursos que permitam identificar, avaliar e tratar doenças restritivas e obstrutivas. Tudo em perfeito entrosamento para atingir os seguintes objetivos:

a) Redução das horas não-trabalhadas por motivo do tratamento, visto ser ele realizado na própria empresa.

b) Atender adequadamente a cada acometimento, pois por não possuir fins lucrativos, não há exigência de produção e/ou "massificação" no atendimento.

c) Constatação e quantificação estatística.

d) Determinação dos acometimentos mais comuns encontrados na empresa, conforme o tipo de atividade desempenhada.

e) Estabelecimento de protocolos de atendimento adequados às atividades laborativas.

EM FISIOTERAPIA PREVENTIVA

O fisioterapeuta fará uso da Ergonomia. Integrará uma equipe multidisciplinar composta por profissionais que comunguem os mesmos objetivos. Desta equipe farão parte o médico do trabalho, o engenheiro de segurança do trabalho, o gerente de produção, o gerente de recursos humanos, o assistente social e outros profissionais que tenham atribuições que contribuam para obtenção dos seguintes objetivos:

a) Redução das doenças profissionais típicas às atividades desempenhadas na empresa, mediante a ministração de cursos e/ou palestras sobre orientações posturais, lesões por esforços repetitivos, prevenção de problemas de coluna, manuseio de cargas, dentre outros.

b) Formulação e execução de programas preventivos para todos os funcionários no sentido de produzir condicionamento físico, relaxamento e, consequentemente, reduzir o estresse.

c) Integrar equipe multidisciplinar para discussão de casos e assessoramento por meio de pareceres técnicos da área.

d) Estudo ergonômico dos postos de trabalho que apresentam grande índice de acidentes de trabalho e tenham funcionários com acometimentos comuns ou diagnósticos semelhantes.


CONCLUSÃO

Conforme demonstrado, o Fisioterapeuta pode atuar numa empresa como instrumento de correção e prevenção, interferindo satisfatoriamente na saúde do trabalhador. Resta apenas apontar as vantagens, para a empresa que mantenha um serviço de Fisioterapia do Trabalho, e que estão baseadas na relação custo x benefício, linguagem, aliás, bem-utilizada no meio empresarial. Eis as vantagens para a empresa:

a) Economia homem x hora.

b) Redução do absenteísmo por doenças músculo-esqueléticas.

c) Redução de gastos com planos de saúde.

d) Tratamento especializado.

e) Rápida recuperação.

f) Associação da Fisioterapia corretiva ao ajuste ergonômico.

g) Apoio ao setor de saúde ocupacional.

Em virtude do grande número de afastamentos e acidentes do trabalho ocorridos nas organizações brasileiras, há um grande número de pacientes com lesões ósteomusculares e incapacidades funcionais provenientes destas lesões. O número de trabalhadores também sem emprego por serem portadores de deficiências físicas também é grande. Com isso, as organizações vem enfrentando uma triste realidade: um número crescente de afastamentos, de indenizações, absenteísmo, descontrole por parte dos departamentos de recursos humanos, saúde e segurança do trabalho, e que consequentemente acarreta em prejuízo, perda de moral e produtividade.
Para colaborar na resolução destes problemas, através da minimização, eliminação e controle de lesões, ou mesmo na inserção de portadores de deficiência física no trabalho, necessita-se cada vez mais de especialistas, principalmente Fisioterapeutas.
Hoje, temos poucos cursos de especialização lato sensu em Fisioterapia do Trabalho. Devido ao número de empresas e à crescente necessidade de procedimentos especiais, tais como avaliações ergonômicas, programas de cinesioterapia laboral, programas de inserção de portadores de deficiência física, tratamentos fisioterapêuticos, dentre outros, portanto vem sendo crescente a necessidade de profissionais altamente qualificados, que na maior parte das vezes vêm de outros centros.
Fonte: facafisioterapia.chakalat.net

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fisioterapia nas Empresas - Saúde x Trabalho

Hoje o mundo empresarial convive com uma triste realidade : O aumento espantoso dos casos de doenças ocupacionais, que vem "mutilando" seus empregados, gerando para empresa altos gastos com assistência médica, processos judiciais e perda do aprveitamento da qualificação de seus empregados que são afastados por apresentarem quadro álgico intenso impedindo-os de realizarem suas tarefas no trabalho, no lar e até mesmo no lazer.

Tal realidade tem sido tema de grande destaque nas Semanas de Saúde das Empresas. A busca por soluções eficazes de controle e combate das doenças ocupacionais, tem sido um grande desafio para os empresários e profissionais de saúde que lidam com esta população.

Nós fisioterapeutas somos armas importantes nesta luta. A nossa presença dentro da empresa facilita as ações preventivas e curativas das mesmas, pois mediante uma série de dados colhidos em avaliações diversas (aplicação de questionários, análise da tarefa, avaliações posturais, avaliações de postos de trabalho etc.) somos capazes de trabalhar distintamente três grupos dento da empresa : assintomáticos, grupo de risco (pessoas que apresentão pré-disposição a desenvolver patologias) e sintomáticos, e desta forma aplicarmos as medidas cabíveis de prevenção e cura.

No que diz respeito as ações preventivas, nós fisioterapeutas atuamos incentivando os empregados a novos hábitos de vida, desenvolvendo dentro da empresa uma nova cultura saudável de consciência corporal e postural, gerando um bem estar físico e emocional no ambiente de trabalho, situação já comprovada na IBM- RJ, onde desenvolvemos um Programa de Ergonomia. Em relação ao processo de cura podemos destacar que ter um serviço de fisioterapia dentro da empresa é de suma importância, pois nós fisioterapeutas atuamos tratando os empregados que apresentam patologias osteomusculares de origens diversas, inclusive ocupacionais. Assim é oferecido ao trabalhador uma maior interação entre tratamento/trabalho, gerando maiores condições de uma rápida recuperação, pois o tratamento será realizado no próprio local de trabalho, evitando que o empregado apresente alguma dificuldade em iniciá-lo ou até mesmo conclui-lo por situações divresas ( falta de tempo, transporte difícil, clínicas afastadas de casa ou do trabalho etc.).

Considerando o relato acima, podemos concluir que nós fisioterapeutas temos uma "nova" área de atuação, na qual devemos nos qualificar para junto as empresas minoramos o sofrimento desta população que cresce a cada dia.

Autores:
Dra. Nivalda Marques do Nascimento

Dra. Roberta de Azevedo S. Moraes

Fonte: www.canalsaude.com.br